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terça-feira, 30 de novembro de 2010

A CRIAÇÃO DO PET/PESCA - UFPA



Histórico e Marco Referencial


Em 2006 com o edital 03/22/06 de expansão dos grupos do Programa de Educação Tutorial (PET), iniciou-se o desenvolvimento do projeto do PET/PESCA-UFPA com auxilio da diretora da faculdade de engenharia de pesca Profa. Dra. Zélia Maria Pimentel Nunes e o vice diretor Prof. Dr. Rodrigo Yudi Fujimoto, porém naquele ano a proposta submetida não foi aprovada. No ano subseqüente, sem perda de animo, a proposta foi melhorada e readequada ao manual básico do PET, ressaltando ainda mais a indissociabilidade ensino-pesquisa e extensão, sendo aprovada e registrada no diário oficial da união no dia 12 de junho de 2007.
Então em Primeiro de Setembro de 2007 o PET/PESCA-UFPA inicia suas atividades composto pelo tutor Prof. Dr. Rodrigo Yudi Fujimoto e quatro bolsistas petianos: Diego Cavalcante Rey, Ezequias Procópio Brito, Ivana Barbosa Veneza e Victor Hugo Silva e Silva. Um marco importante dentre as atividades iniciais do grupo foi a palestra intitulada “Saio como engenheiro e agora o que faço?”, idéia essa sugerida pelos próprios integrantes para mostrar as áreas de atuação do engenheiro de pesca para toda comunidade acadêmica do curso e também pessoas da comunidade. Isso promoveu uma integração positiva do grupo com a comunidade acadêmica e também um estimulo para o trabalho árduo que é se formar como engenheiro de pesca. Para o grupo houve estimulo para continuar a desenvolver as atividades programadas e já observou-se a integração dos membros como realmente um grupo, fato esse muito importante para o desenvolvimento, profissional e pessoal dos petianos.
Ressalta-se que no Pará existem 13 grupos PET de diferentes áreas do conhecimento, sendo que somente o PET/PESCA-UFPA se encontra fora de Belém, o único do interior do estado, fato esse que possui prós e contras, mas que com certeza auxiliam no desenvolvimento e crescimentos dos petianos devido a superação de obstáculos como distância e a dificuldade de interação com demais grupos PET. 


 Principais atividades desenvolvidas

O PET/PESCA-UFPA tem como objetivo a indissociabilidade da tríade ensino pesquisa e extensão e dentre as suas atividades contempla-se: organização e apresentação de palestras, organização de eventos, apresentação de trabalhos em congresso, divulgação de atividades num site, reuniões administrativas, estágios rotatórios, exibição de vídeos relacionados à área, visitas técnicas, embarque de membros do pet em incursões da marinha, entre outras.
Algumas atividades podemos destacar devido a sua importância tanto para o crescimento profissional, e pessoal quanto superação de dificuldades e união entre o grupo. Dessa maneira, ressaltamos participação do grupo na organização da III Semana de Engenharia de Pesca do Pará que ocorreu nos dias 10,11 e 12 de dezembro de 2007, ou seja, quatro meses após o inicio das atividades do grupo. Além disso o Grupo organizou também juntamente com essa semana uma semana cultural com a organização do primeiro festival de musica “Pescando Talentos” realizado após as atividades técnicas da semana. Essas atividades desenvolveram e consolidaram o sentimento de grupo, a responsabilidade, a tríade pesquisa ensino e extensão, além de todo conhecimento técnico advindo das palestras da semana.
Outra atividade importante são as visitas técnicas, elas são agendadas e realizadas em diferentes estabelecimentos relacionados às áreas de atuação do engenheiro de pesca (pisciculturas, indústrias de pescado, carcinoculturas entre outras). Essas visitas são de grande importância para o crescimento profissional do petiano e que ao longo de sua carreira acadêmica poucas são as chances de se obter essa parte pratica. Devido o PET PESCA-UFPA se encontrar no interior, geralmente são realizadas no final de semana, assim os petianos organizam toda a agenda da visita e ao final elaboram um relatório técnico dos locais, que posteriormente é discutido com o grupo em reunião.
Um grande avanço nas atividades do PET/PESCA-UFPA foi a realização em 2007, juntamente com o laboratório de Pesca e Navegação (LAPEN) Coordenado pelo Prof. MSc. Francisco Carlos Holanda, do primeiro ciclo de palestras científicas do curso de Engenharia de Pesca de Bragança, destinado a todo corpo discente da faculdade, na qual os alunos expunham oralmente seus trabalhos de pesquisa e então eram avaliados por uma banca de dois professores do curso. Essa atividade tinha como objetivo o desenvolvimento da oralidade dos alunos, da responsabilidade, da organização de eventos e também de divulgação das pesquisas realizadas pelos professores orientadores junto à comunidade acadêmica. Além disso, essa atividade se torna de grande importância porque devido ao sucesso da primeira semana foi-se realizado no ano seguinte a segunda semana e que a partir desta, a pedido da Profa. Dra. Zélia Maria Pimentel Nunes, que esse ciclo fosse caracterizado como uma atividade curricular, demonstrando o auxilio do programa PET para a melhora da qualidade de ensino no curso de Engenharia de Pesca.
Outra atividade que chama atenção é a de pesquisa de coletores de semente de ostra, esse trabalho esta sendo realizado pelos técnicos da EMATER, e foi requisitado ao grupo PET/PESCA a confecção de coletores de ostra no estuário do nordeste paraense no município de Augusto correia, na comunidade de Nova Olinda. Esses coletores são confeccionados com garrafas Pet. Devido a integração entre o grupo PET o colegiado do curso e a EMATER, um projeto de pesquisa coordenado pela Profa. Dra. Zelia Maria Pimentel Nunes foi confeccionado e aprovado pelo CNPq no final de 2008, onde ao petianos participam como colaboradores desse projeto. Essa pesquisa é uma dentre outras, mas de fundamental importância pois os alunos estão auxiliando uma comunidade pesqueira, estão reciclando materiais que seriam jogados fora, de forma que os alunos entendam e interiorizem o conceito de uma aqüicultura sustentável.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O surgimento do PET


O Programa Especial de Treinamento – PET foi criado pela CAPES em 1979, completando, no ano de 2009, uma trajetória de 30 anos. Idealizado por Cláudio de Moura Castro, então diretor-geral da instituição, o programa foi inspirado em iniciativa acadêmica de natureza semelhante, vivenciada por ele, na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, nos anos 50.
Sua concepção foi baseada nos moldes de grupos tutoriais de aprendizagem, ou seja, caracterizou-se pela presença de um tutor que estimularia a “aprendizagem ativa dos seus membros, através de vivências, reflexões e discussões, num clima de informalidade e cooperação”, propiciando condições para a realização de atividades extracurriculares e favorecendo uma formação acadêmica que integrasse o aluno no mercado profissional e a estudos em programas de pós-graduação.
O programa foi destinado a grupos de alunos que demonstrassem potencial, interesse e habilidades destacados em cursos de graduação reconhecidos pelo Conselho Nacional de Educação. O apoio seria concedido com o objetivo de estimular, nas instituições de ensino superior, o surgimento de grupos de estudo que se dedicassem ao trabalho intelectual em tempo integral, sob orientação de professor tutor, em ambiente que favorecesse o envolvimento, a participação e a troca de idéias e de experiências entre os alunos e professores (Dessen, 1995).
Após certo período de funcionamento e expansão o PET entrou num processo de crise que atingiu o ápice em 1999, quando chegou a ser extinto e, logo em seguida, dado a grande mobilização nacional e repercussão desta medida, foi revogado o ofício que extinguia o PET, no final deste mesmo ano e o programa foi transferido da CAPES para o âmbito da SESu/MEC. Várias audiências públicas com apoio de parlamentares com pronunciamentos a favor do PET, moção de apoio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência foram constantes durante um período denominado de lutas e resistência pela sobrevivência deste programa, inclusive ao surgimento da CENAPET (Comissão Nacional em Defesa do PET), composta por tutores e alunos bolsistas das várias regiões do país. 
Foi então, que a partir de todo anseio e pressão da comunidade petiana do país, que o programa, já no MEC, passou a ter um caráter mais institucional, sendo elaboradas as normas da Lei nº 11.180, de 23 de setembro de 2005 (que instituiu legalmente o Programa de Educação Tutorial) e, pelas Portarias MEC no 3.385/2005 e no 1.632/2006 que o regulamentam.
Foi no ano de 2004, que o Programa Especial de Treinamento, passou a denominar-se Programa de Educação Tutorial, quando a partir dos formulários encaminhados pelo MEC/SESu para IFES, constavam nos cabeçalhos esta nova nomenclatura, fruto inclusive, de uma sugestão do próprio ministro da pasta na época , o Prof. Cristovan Buarque, que propôs essa terminologia, durante o VIII Encontro Nacional dos Grupos PET, ocorrido no Recife, PE, que trouxe para sua abertura,  o então ministro da educação  Entretanto, a filosofia e os princípios do programa continuavam os mesmos, embora a dinâmica e execução de suas atividades ao longo de uma trajetória de 30 anos, de existência e resistência, tenham se adequado a situação vigente, com um aprendizado cidadão e político.
O PET tem oportunidades ímpares, sendo uma iniciativa inovadora e de resultados comprovados. Segundo o próprio criador, Cláudio de Moura Castro (1999) o PET gera valores acadêmicos e padrões de excelência que se reforçam pela interação. Além disso, há a preocupação com a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, verdadeiro tripé da universidade, embora algo não tão fácil de por em prática, mas, está sendo conquistado pelos grupos PET, assim como o compromisso com a formação acadêmica de qualidade, ética e cidadã.
Atualmente, o PET conta com 400 grupos distribuídos por praticamente todo o território nacional, tendo 4.274 bolsistas e 400 tutores, sendo que os grupos mais recentes, foram criados no âmbito do MEC, por meio dos Editais MEC/SESu no 3/2006, no 4/2007 e no 5/2008, indo para sua quarta expansão neste ano  de 2009, ofertando-se em cada uma, a média de 30 novas vagas.  O valor atual da bolsa de alunos é R$ 360 e de tutores, R$ 1.394.